Ísis (em grego antigo: Ἶσις; original egípcio "Aset" ou "Iset") é
uma deusa da mitologia egípcia, cuja adoração se estendeu por todas as
partes do mundo greco-romano, e posteriormente, do mundo. É cultuada
como modelo da mãe e da esposa ideais, protetora da natureza e da magia.
É a amiga dos escravos, pescadores, artesãos, oprimidos, assim como a
que escutava as preces dos opulentos, das donzelas, aristocratas e
governantes. Ísis é a deusa da maternidade e da fertilidade.
Ísis
também é conhecida como a deusa da simplicidade, protetora dos mortos e
deusa das crianças de quem "todos os começos" surgiram, e é a Senhora
dos eventos mágicos e da natureza. Em mitos posteriores, os antigos
egípcios acreditaram que as cheias anuais do rio Nilo ocorriam por causa
das suas lágrimas de tristeza pela morte de seu marido, Osíris. Esse
evento, da morte de Osíris e seu renascimento, foi revivido anualmente
em rituais.
Representações:
Na arte, Ísis foi originalmente
retratada como uma mulher com um vestido longo e coroada com o
hieróglifo que significava "trono". Por vezes foi descrita como
portadora de um lótus ("Nymphaea caerulea"), ou como um sicômoro (Ficus
sycomorus). A faraó, Hatchepsut, foi retratada em seu túmulo sendo
amamentada por um sicômoro que tinha um seio.
Após ter assimilado
muitos dos papéis da deusa Hator, a cobertura de cabeça de Ísis passa a
ser a de Hator: os cornos de uma vaca, com o disco solar inscrito entre
eles. Às vezes, também foi representada como uma vaca, ou uma cabeça de
vaca. Normalmente, porém, era retratada com o seu filho pequeno, Hórus
(o faraó), com uma coroa e um abutre. Ocasionalmente, foi representada
ou como um abutre pairando sobre o corpo de Osíris, ou com o Osíris
morto em seu colo enquanto por artes mágicas o trazia de volta à vida.
Na maioria das vezes Ísis é retratada segurando apenas o símbolo Ankh
com um pequeno grupo de acompanhantes, mas no período final de sua
história, as imagens mostram-na, por vezes, com itens geralmente
associados apenas a Hator: o sistro sagrado e o colar símbolo de
fertilidade "menat". Em The Book of Coming Forth By Day Ísis está
representada de pé sobre a proa da Barca Solar, com os braços
estendidos.
A estrela "Sept" (Sirius) está associada a Ísis. O
surgimento dela no firmamento significava o advento de um novo ano, e
Ísis foi igualmente considerada a deusa do renascimento e da
reencarnação, e como protetora dos mortos. O Livro dos Mortos descreve
um ritual especial, para proteger os mortos, que permitia viajar em
qualquer parte do mundo subterrâneo. A maior parte dos títulos de Ísis
tem relação com o seu papel de deusa protetora dos mortos.
No
começo só existia o grande, imóvel e infinito mar universal, sem vida e
em absoluto silêncio. Não havia nem alturas, nem abismos, nem princípio,
nem fim, nem leste, nem oeste, nem norte e nem sul. Das primeiras
sombras se desprenderam as trevas e apareceu o caos. Desse ilimitado e
sombrio universo surgiu a vida e, com ela, a estirpe dos Deuses.
Conta a mitologia solar que o criador de tudo foi Atum, o Pai dos Pais. A
partir do momento que Atum toma consciência de si mesmo, ele tornou-se
Rá.
Em sua infinita sabedoria, o Deus consciente, desejou e
materializou uma separação entre si mesmo e as águas primordiais,
desejando emergir a primeira terra seca em forma de colina a que os
egípcios chamaram a "colina benben".
Então Atum criou os outros
Deuses. Recolheu seu próprio sêmen na mão, e engolindo-o se fecundou a
si mesmo. Vomitou, dando vida a Shu e Tefnut, o ar seco e o ar úmido.
Shu e Tefnut se unem e dão a luz ao Deus Geb, a terra, e a Deusa Nut, o
céu, que, por sua vez, quando se uniram fisicamente tiveram quatro
filhos: Osíris (Deus da Ordem), Seth (Deus da Desordem) e suas irmãs
Ísis e Neftis, nascidos nessa ordem. A nova geração completa o número de
nove divindades, a Enéada, que começa com o Deus criador primordial. Na
escrita egípcia o três era utilizado para representar o número plural,
enquanto que o nove proporciona um meio simbólico de indicar o "todo". A
Enéada do Deus Sol é conhecida entre os egiptólogos como a Enéada
Heliopolitana.
Osíris, o primogênito, havia herdado de seu pai
Geb a terra para governá-la. Já a Deusa Ísis, cujo nome significa "o
trono", "a sede" (capital), se uniu a seu irmão Osíris, para sustentar
todo o seu poder, estabelecendo-se assim, o primeiro casal real do
Egito. Se ele era o rei, soberano da terra, ela ia ser seu trono, a sede
eternamente estável, de onde era exercida toda a realeza sobre o Egito.
Trecho de um poema antigo:
“As multidões originaram-se de minhas palavras
antes do aparecimento do céu e da terra,
antes de as cobras e vermes terem sido moldados naquele lugar
mas criei alguns deles enquanto ainda estava nas Águas Primordiais e num estado de inércia, sem lugar para ficar em pé.
Ocorreu a meu coração, divisei com minha face (sic)
que eu deveria fazer todas as formas, enquanto ainda estava só,
antes de eu cuspir como Chu, antes de expectorar como Tefnut,
antes que outro viesse a ser, para criar junto comigo.
Divisei em meu próprio coração que miríades de formas deveriam vir a ser
e as formas de seus filhos e elas mesmas de novo.
Sou eu que esfregou com o punho, ejaculei em minha própria mão e então,
Cuspi Chu, expectorei Tefnut,
ao passo que meu pai, as Águas Primordiais, os sustentava.
Meu olho os seguiu por muitas Eras,
eles se afastaram de mim - de modo que, ao invés de eu ser um deus, agora havia três.
Então apareci no mundo e Chu e Tefnut rejubilaram-se com isso enquanto ainda estavam nu estado de inércia,
e trouxeram meu Olho com eles.
Com o que me alegrei meus membros. Chorei sobre eles
- e assim a humanidade veio a ser, das lágrimas que saltaram do meu Olho.
Então ele se enfureceu contra mim, quando voltou e viu que eu tinha colocado outro em seu lugar,
substituindo-o por um mais brilhante;
assim, assim o promovi á fronte de minha fase
de modo que pudesse governar o mundo todo.
Então a fúria deles (sic) desvaneceu-se por eu ter substituído o que fora tirado,
Emergi do... e criei todas as serpentes, e todas as formas delas.
Então Chu e Tefnut produziram Gueb e Nut, estes produziram Osíris,
Hórus o sem visão, Seth, Ísis e Neftis - todos uma só Assembléia, um
depois do outro,
e eles produziram as miríades do mundo....”
Ísis procura o corpo de Osíris:
Quando a rainha Ísis tomou conhecimento da morte do marido, ficou muito
triste e começou a chorar. Depois, vestiu as roupas de viúva e cortou
uma madeixa do seu cabelo. Mas o seu período de luto iria ter de
esperar. Precisava de saber de que forma o rei Osíris morrera e o que
acontecera ao seu corpo.
Afastada do seu próprio palácio pelo
novo rei, o seu malvado irmão Seth, Ísis andou de aldeia em aldeia
tentando descobrir a verdade do que acontecera ao seu marido
assassinado. Corriam muitos boatos, mas ela soube finalmente a verdade
por um grupo de crianças. As crianças contaram à antiga rainha do Egito
que haviam visto uns homens lançarem uma arca no Nilo. Era uma arca
muito bela - viram-na bem à luz dos archotes - e tinham ouvido os homens
vangloriarem-se de que lá dentro se encontrava o corpo do rei morto,
Osíris. Quando os homens se foram embora, as crianças tinham saído das
sombras e visto a arca a ser arrastada rio abaixo pela corrente.
-
Então ainda há esperança! - exclamou Ísis, sentindo-se invadida por uma
grande alegria. Correu junto à margem do rio, seguindo a corrente, e
desejando com todas as suas forças que a arca tivesse encalhado na
margem. Viajou até chegar ao mar, mas não viu sinais dela. No entanto,
não estava disposta a desistir. Ísis viajou para norte ao longo da costa
e ouviu dizer que algumas pessoas tinham avistado uma estranha e bela
arca a flutuar no mar.
Nunca chegou a vê-la com os seus próprios
olhos, mas tinha a certeza de que a iria encontrar em breve. A deusa
viajou por vários países, seguindo os relatos da arca, até ter chegado
ao reino de Biblo. Falava-se não de uma arca dourada no mar, mas sim de
uma fabulosa tamargueira que crescera da noite para o dia na praia.
Ísis descobriu que o rei Melcarte de Biblo mandara cortar a tamargueira
e levá-la para a cidade, a fim de utilizá-la como pilar no seu palácio.
Estava convencida de que a árvore mágica devia ter algo a ver com o
caixão de Osíris, e correu até ao palácio.
Quando a deusa chegou,
sentou-se num pátio junto à entrada e esperou. É claro que podia ter
usado os seus poderes para roubar o pilar e descobrir o seu segredo. Mas
não quis fazê-lo. O seu irmão Seth já abusara suficientemente do poder.
Ela iria aguardar e procurar outra forma de entrar no palácio.
Não teve de esperar muito. Algumas criadas da rainha Athenais de Biblo
saíram do palácio e viram Ísis. Pela sua beleza e pelo seu aspecto
calcularam que ela não era dali; por isso, correram a perguntar-lhe de
onde era. A sua senhora adorava saber coisas de longe, e a mulher
misteriosa podia ter notícias para lhe dar. Ísis explicou-lhes que viera
do Egito. Depois ofereceu-se para pentear o cabelo de uma das criadas
segundo a última moda. As suas mãos foram tão rápidas e tão hábeis que a
rapariga ficou encantada com o resultado, e pouco depois Ísis tinha
penteado o cabelo de todas as criadas.
- Puseste algum óleo? -
perguntou uma delas. - Que cheiro delicioso é este? Não se tinham
apercebido de que Ísis, enquanto as penteava, lançara o seu bafo sobre
cada rapariga e - como era deusa e uma senhora da magia - o divino
cheiro do seu hálito ficara agarrado à pele delas. Quando chegou a
altura de regressarem ao palácio, as jovens criadas tiveram pena de
partir.
- Obrigada! - agradeceram com um sorriso, correndo para a
entrada. A rainha Athenais ficou encantada com os novos penteados das
suas criadas, mas foi o cheiro que a encantou ainda mais. - Deve ser um
daqueles magníficos novos perfumes egípcios de que tanto se fala -
comentou ela. - Mandem chamar imediatamente essa mulher!
Assim,
Ísis, disfarçada de mulher simples, foi levada à presença da rainha que
lhe pediu que penteasse e perfumasse o seu cabelo. Ísis assim fez, e
Athenais ficou encantada. Pediu a Ísis que permanecesse ali. Nessa
noite, Isis foi até à sala onde se encontrava o pilar. Este era feito de
um único tronco de uma árvore incrível que nascera na praia. Quando
encostou a mão à madeira macia, percebeu de imediato o que acontecera.
O caixão do seu marido fora ter à praia e ficara preso nas raízes de
uma jovem tamargueira. Embora morto, alguns dos poderes divinos de
Osíris tinham de alguma forma escapado da arca selada, fazendo com que a
pequena árvore se transformasse noutra gigantesca, tendo no meio o deus
no seu caixão... O corpo de Osíris estava dentro daquele pilar! A
chorar, Ísis voltou para a cama. Dali a pouco tempo, a rainha Athenais
de Biblo afeiçoara-se já muito a Ísis, e esta à rainha e ao seu filho
bebê, de quem agora cuidava. Ísis contentava-se em ficar ali no palácio,
perto do corpo do seu amado marido. De dia, desempenhava o papel de ama
dedicada do príncipe. À noite era uma viúva que chorava a morte do
marido no seu caixão em forma de pilar.
À medida que o tempo ia
passando, Ísis começou a amar tanto o príncipe que não podia sequer
pensar que ele iria morrer, tal como Osíris. Todas as noites levava o
rapazinho adormecido até à sala do pilar. Acendia uma fogueira mágica
que ardia vigorosamente com as chamas da mortalidade. Com cuidado,
colocava o bebê no centro da fogueira e, a cada noite que passava, um
pouco mais da sua mortalidade ia sendo queimada. Ele acabaria por poder
viver para sempre.
Enquanto esperava que aquele processo se
completasse, Ísis transformava-se num pássaro e voava em redor do pilar
que continha o corpo de Osíris dentro da arca dourada.
Intrigada e
preocupada com os rumores das visitas secretas da ama à sala, a rainha
Athenais entrou na sala uma noite. Gritou aterrorizada ao ver o seu
filho, que parecia estar no meio das chamas. Retirou-o de lá e segurou-o
bem junto de si no momento em que Ísis passava de andorinha a ser
humano.
- Feiticeira! - gritou a rainha. - Não te aproximes de mim! Percebendo o medo da rainha, a deusa apressou-se a acalmá-la.
Explicou-lhe que as chamas não magoavam a criança mas que, como ele
fora arrancado da fogueira mágica, não poderia viver para sempre.
Explicou então quem era e porque estava ali. Aliviada com o fato de o
filho estar ileso, mas triste por ter quebrado o feitiço que lhe podia
ter permitido viver para sempre, Athenais perguntou de que forma poderia
servir a deusa Ísis. Ísis pediu-lhe autorização para retirar dali o
pilar, e Athenais concordou prontamente. A deusa arrancou o tronco e
tirou do seu interior o caixão.
O rei Melcarte e a rainha
Athenais deram à deusa o melhor barco da sua frota e uma tripulação que o
dirigisse. Na manhã seguinte, Ísis despediu-se deles e começou a sua
viagem de regresso com Osíris na arca. De novo em terra, Ísis ordenou à
tripulação que transportasse a arca até ao deserto, onde ninguém pudesse
vê-Ia. Depois, mandou levá-la para os pântanos de Buto, no caso de a
notícia da sua descoberta chegar aos ouvidos de Seth. De vez em quando,
abria o caixão e olhava para o corpo de Osíris. Ele parecia tão calmo
como se estivesse a dormir, e não morto.
Certa noite, enquanto
Ísis se encontrava a dormir, Seth apareceu no pântano. Os seus espiões
andavam por toda a parte, e fora informado do local onde a arca estava
escondida. Levantando a tampa, olhou para o corpo do irmão que tinha
assassinado.
- Pareces tão perfeito - desdenhou. - Tão completo. E
se a magia da tua querida irmã for suficientemente forte para te dar
vida? Podias sair daí... Tenho de me certificar de que isso nunca irá
acontecer. Assim, retirou o corpo do caixão e cortou-o em catorze
bocados. Depois espalhou os bocados por todo o Egito.
- Agora vamos ver se a minha irmã consegue pôr-te de novo inteiro! - exclamou ele com um sorriso maldoso nos lábios cruéis.
Quando Ísis descobriu que o corpo do marido tinha desaparecido, pôs-se a gritar cheia de angústia e desespero.
Ísis e Néftis, sua irmã, dedicaram-se então à busca dos pedaços, tendo
conseguido encontrar apenas treze. Um peixe havia engolido o último, o
pênis, que Ísis refez utilizando magia. Desse modo, com todas as partes
reunidas do corpo morto de Osíris, ela pode conceber Hórus. O número de
partes do corpo de Osíris é descrito de forma variável nas paredes de
diversos templos, entre catorze e dezesseis e, ocasionalmente, em
quarenta e duas, uma para cada nomo ou distrito.
Lamentações de Ísis e Néftis:
“Isis fala, ela diz: Vem para tua casa, vem para tua casa! Tu de lunu, vem para tua casa, os teus inimigos não estão!
O bom musico, vem para tua casa! Olha para mim, eu sou a tua amada irmã, não te separaras de mim!
Ó bela juventude, vem para tua casa! Há muito, muito tempo que não te
vejo! O meu coração chora por ti, os meus olhos procuram-te, eu
procuro-te para te ver!
Não te verei, não te verei, bom rei, eu não te verei? E bom ver-te, é bom ver-te, tu de lunu, e bom ver-te!
Vem à tua amada, vem a tua amada! Uennefer, justificado, vem a tua
irmã! Vem a tua esposa, vem a tua esposa, coração cansado, vem a tua
dona de casa!
Eu sou tua irmã por parte de tua mãe, não me deixaras!
Deuses e homens procuram-te, juntos choram por ti!
Enquanto eu contigo ver, eu chamo-te, lamentando até a altura do céu!
Mas tu não ouves a minha voz, embora eu seja a tua irmã que te amaste na
terra, não amaste ninguém senão a mim, a irmã, a irmã!
Neftis
fala, ela diz: O bom rei, vem para tua casa! Apazigua o teu coração, os
teus inimigos não estão! As tuas duas irmãs a teu lado vigiam o teu
ataúde, chamamos-te em lagrimas!
Volta-te no teu ataúde! Vê as mulheres, fala conosco! Nosso rei, tira a dor dos nossos corações!
A tua corte de homens e deuses olha para ti, mostra-lhes o teu rosto, o
rei nosso senhor! Os nossos rostos vivem por ver o teu rosto!
Que o teu rosto não evite os nossos rostos! Os nossos corações estão
contentes por te ver, rei! Os nossos corações estão contentes por te
ver!
Eu sou Neftis, a tua amada irmã! O teu inimigo esta caído,
ele não existe! Eu estou contigo, tua protetora, para toda a eternidade!
Isis fala, ela diz: Ó to de Iunu, diariamente nasces no céu para nos!
Não cessamos de ver os teus raios! Toth, o teu guarda, eleva o teu ba,
na barca solar do dia no teu nome de Lua. Eu vim ver a tua beleza no
Olho de Hórus, no teu nome de senhor da Festa do Sexto Dia.
Os
teus cortes aos a teu lado não te deixarão. Tu conquistaste o paraíso
pelo poder da tua majestade. No teu nome de senhor da Festa do Decimo
Quinto Dia.
Todos os dias tu ergues para nos como Rá, brilhas para nos como Atum. Deuses e homens vivem por te ver.
Quando te ergues para nos, iluminas as Duas Terras. A terra enche-se
com a tua presença. Deuses e homens olham para ti, nenhum mal cai sobre
eles enquanto te olham!
Quando tu atravessas o céu, os teus
inimigos não estão, e eu sou o teu guarda todos os dias. Vens a nos como
criança na Lua e no Sol, não cessamos de te ver!
A tua sagrada imagem, Orion nos céus, nasce e põe-se todos os dias. Eu sou Sotis, que o segue, não me separarei dele!
A nobre imagem que sai de ti alimenta deuses e homens, os repteis e o gado vivem dela.
No teu tempo sais da tua caverna para nós, dando agua para o teu ba,
fazendo oferendas ao teu ka, para alimentar os deuses e os homens.
Ó meu senhor! Não ha nenhum deus como tu!
O paraíso tem o teu ba, a
terra, a tua forma, o mundo subterrâneo esta cheio de segredos teus. A
tua esposa e a tua guarda, o teu filho Horus domina as Terras!
Neftis fala, ela diz: O bom rei, vem para tua casa! Uennefer, justificado, vem a Djedet.
Ó touro vigoroso, vem a Anpet! Ó amante das mulheres, vem a Hatmehit,
vem para Djedet, o lugar que o teu ba ama! Os bau dos teus pais são teus
companheiros. O teu jovem filho Horus, filho das irmãs, esta perante
ti. Eu sou a luz que te guarda todos os dias. Eu nunca te deixarei!
Ó tu de Iunu, vem a Sais, o teu nome e Saíta! Vem a Sais ver a tua mãe
Neit, boa criança, não te separaras dela! Vem para os seus seios que
transbordam, bom irmão, não te separaras dela! Ó meu filho, vem a Sais!
Osíris Tentruti, chamado Nini, nascido de Persis, justificado.
Vem a Sais, a tua cidade! O teu lugar é o Palácio. Descansarás para
sempre junto de tua mãe! Ela protege o teu corpo, repele os teus
inimigos, ela guardara o teu corpo para sempre! O bom rei, vem para tua
casa, senhor de Sais, vem para Sais!
Isis fala, ela diz: Vem para
tua casa, vem para tua casa, bom rei, vem para tua casa! Vem, vê o teu
filho Horus como rei dos deuses e dos homens! Ele conquistou cidades e
províncias pela grandeza da sua gloria! O céu e a terra temem-no, a
Terra do Arco tem pavor dele.
A tua corte de deuses e homens é
dele, nas Duas Terras, fazendo os teus ritos, as tuas duas irmãs a teu
lado fazem libações para o teu ka, o teu filho Hórus dá-te oferendas de
pão, cerveja, bois e aves.
Toth recita a tua liturgia, e chama-te
com os seus encantamentos.
Os Filhos de Hórus guardam o teu corpo, e
diariamente abençoam o teu ka. O teu filho Hórus, campeão do teu nome e
do teu santuário, faz oblações para o teu ka. Os deuses, com jarros de
agua nas mãos, vertem Agua sobre o teu ka. Vem aos teus cortes aos, Ó
rei nosso senhor! Não te separes deles!”
Este hino, em escrita
hierática é redigido em cinco colunas, vem apenso a um outro, em escrita
hieroglífica, no Papiro de Berlim 3008, que contem uma versão do "Livro
dos Mortos" elaborado para uma dama chamada Tentruti ou Teret.
Ele foi concebido para fazer parte das cerimônias fúnebres e para ser
recitado nos templos de Osíris em determinados dias de festa. Os dois
textos estão ainda relacionados com outros semelhantes que foram
gravados nos templos de Dendera, Edfu e Philae, dedicados
respectivamente a Hathor, Hórus e Isis. Os dois últimos templos são
atualmente os mais bem conservados monumentos do seu gênero existentes
no Egito.
A construção do texto, com as lamentações das duas
irmãs de Osfris, alude à vida, morte e ressurreição do deus dos mortos,
que foi substituído no trono terrestre por Horus, visto como seu campeão
e vingador, triunfador do bem sobre o mal. Para o efeito, Osíris e
Horus são auxiliados nas suas tarefas por várias divindades,
manifestando o primeiro características que o prostram como deus inerte e
enfaixado, imagem de passividade e vulnerabilidade (M. Lichtheim),
mesmo que o seu nome possa ser interpretado como "O Potente" , "O
Poderoso", ou "O que Copula com Isis" (J. Candeias Sales).
Lenda de Ísis e de Rê.
“A deusa fazia questão absoluta de descobrir o verdadeiro nome do deus
da luz. Para atingir os seus fins, só podia dispor de uma arma eficaz: a
magia. Como Rê estava com a idade avançada, a saliva caía-lhe no chão.
Ísis utilizou esse material precioso: amassou-o com a própria mão graças
à terra à qual aderia, e com essa pasta fez uma serpente que colocou no
caminho por onde Rê passava. Mal protegido por seu séquito, o deus do
sol foi picado pelo réptil. Muito admirado, Rê soltou um grito que
chegou até o céu: “Que está acontecendo?”, admirou-se o mestre da luz.
Tremeu, balbuciou. O veneno circulou-lhe nas veias, possuiu-lhe o corpo.
Chamou então os deuses: que viessem junto dele, eles, que tinham saído
do seu ser. Rê explica que foi picado por uma criatura malfazeja. Não a
viu, não a conhece, ela escapa ao seu controle. Rê sofre atrozmente,
nunca sentira semelhante dor. Pronuncia palavras que cada mago repetirá
quando se identificar com o deus: “Eu sou um Grande, filho de um grande,
sou uma semente que saiu de um deus. Sou um grande mago, filho de um
grande mago (...) Tenho muitos nomes e muitas formas, a minha forma está
em cada deus”.
Rê confia. O pai e a mãe ofereceram-lhe um nome que
ficou secreto no mais fundo de seu íntimo — eis a razão por que nenhum
mago, homem ou mulher, tem poder sobre ele. Mas agora foi atingido por
um mal que não conhece enquanto passeava na Terra que ele próprio criou.
Que dor insuportável é esta? Não é fogo nem água. O corpo treme-lhe. O
frio começa a invadi-lo.
“Que venham os filhos dos deuses”, ordena
ele, “aqueles que podem dizer palavras úteis, aqueles cuja boca é sábia,
cuja habilidade atinge o céu”. Cada qual se apressa, cada qual tenta
socorrer Rê.
Uma deusa era reputada pelas suas excepcionais
qualidades mágicas e pela sua capacidade de dar o sopro da vida,
reanimando quem já não respirava: Ísis. Ela vem e pergunta a Rê: “Que
está acontecendo? Que significa este acontecimento?”. Constata-se que
uma serpente mordeu Rê. Ela irá, pois, conjurar o veneno por meio de um
encantamento apropriado.
O estado de Rê agrava-se. Está mais frio
que a água, mais ardente que o fogo. Os membros estão cobertos de suor.
Já não consegue ver. Ísis aproxima-se dele. Felina, murmura: “Diz-me o
teu nome, pai divino!”. Efetivamente, ela tem necessidade de o saber
para formular a conjura que irá permitir a Rê continuar com vida. O deus
responde: “Sou aquele que fez o céu e a terra, que enredou as montanhas
e criou tudo o que se encontra em cima”. E acrescenta que pôs no mundo
os elementos, os horizontes, que colocou divindades no céu. Quando ele
abriu os olhos, nasceu a luz, quando os fecha, existem as trevas. Ele
gera o fogo, os dias, os anos, as flores. Mas o seu nome mantém-se
desconhecido. Sabe-se que se chama Khepri de manhã, Rê ao meio-dia, Atum
à noite... Mas isso não basta para expulsar o veneno. O grande deus não
está curado. Ísis constata: “O teu nome secreto não está entre os que
me disseste!
Confessa-o e o veneno sairá”. O estado de Rê continua a
deteriorar-se. “Emprestame o teu ouvido, minha filha”, diz ele a Ísis,
“para que o meu nome passe do meu peito para o teu peito”.
Rê
revela, então, o seu nome secreto a Ísis. Infelizmente, o ouvido dos
humanos não era bastante fino para perceber as palavras pronunciadas
pelo deus. Só a deusa recebeu a confidência. Para conhecer o segredo,
para ouvir a palavra perdida, é preciso ser iniciado em seus mistérios.
Cada ser humano tem como missão procurar saber o nome secreto que lhe
foi confiado ao nascimento, e do qual se deve tornar digno. Passar
vitoriosamente na prova da morte é tornar esse nome duradouro como o de
Osíris. A importância do nome é tal que é levado em conta pelos
tribunais como valor sagrado.”
O culto á Deusa:
A maioria das
divindades egípcias surgiu pela primeira vez como cultos muito
localizados e em toda a sua história mantiveram os seus centros locais
de culto, com a maioria das capitais e cidades sendo amplamente
conhecidas como lar dessas divindades. Ísis foi, em sua origem, uma
divindade independente e popular estabelecida em tempos pré-dinásticos,
anteriormente a 3100 a.C., em Sebenitos no delta do Nilo.[3]
No Egito, existiram três grandes templos em homenagem a Ísis: em Behbeit el-Hagar, no delta do Nilo, atualmente em ruínas; em Dendara, no Alto Egito, onde existe um santuário a Hathor parcialmente preservado; em Filas.
Na ilha de Filas, no Alto Nilo, o culto a Ísis e Osíris persistiu até
ao século VI, ou seja, muito tempo após a ascensão do cristianismo e a
subsequente supressão do paganismo. O decreto de Teodósio (cerca de 380
d.C.) determinando a destruição de todos os templos pagãos, não foi
aplicada em Filas até ao governo de Justiniano I. Essa tolerância foi
devido a um antigo tratado celebrado entre os Blemyes-Nobadae e
Diocleciano. Todos os anos, eles visitavam Elefantina e, em determinados
períodos levavam a imagem de Ísis rio acima para a terra dos Blemyes
para fins divinatórios, devolvendo-a em seguida. Justiniano enviou
Narses para destruir os santuários, prender os sacerdotes e arrestar as
imagens sagradas para Constantinopla. Filas foi o último dos antigos
templos egípcios a ser fechado.
Eventualmente, templos a Ísis
começaram a se difundir além das fronteiras do Egito. Em muitos locais,
em especial em Biblos, o seu culto assumiu o lugar da deusa semita
Astarte, aparentemente pela semelhança entre os seus nomes e atributos. À
época do helenismo, devido aos seus atributos de protetora e mãe, assim
como ao seu aspecto luxurioso, adquirido quando ela incorporou alguns
dos aspectos de Hator, ela tornou-se padroeira dos marinheiros, que
difundiram o seu culto graças aos navios mercantes que circulavam no mar
Mediterrâneo.
De modo a ressuscitar Osíris com o fim de gerar um
filho, Hórus, era necessário a Ísis "aprender" magia (que por muito
tempo havia sido um atributo seu, antes do surgimento do culto a Rá), e
então passou a afirmar-se que Ísis enganou Ra (Amon-Ra ou Atum-Ra),
fazendo com que este fosse picado por uma serpente egípcia - para o que
apenas ela possuía a cura -, para que este lhe dissesse o seu nome
"secreto". Os nomes das divindades eram secretos, de domínio apenas dos
altos líderes religiosos, uma vez que esse conhecimento permitia invocar
o poder da divindade. Que ele fosse usar o seu nome "secreto" para
"sobreviver" implica que a serpente tivesse que ser uma divindade mais
poderosa do que Ra. Ora, a mais antiga divindade conhecida no Egito foi
Uadjit, a cobra egípcia, cujo culto nunca foi suplantado na antiga
religião egípcia. Como uma divindade da mesma região, teria sido um
recurso benevolente para Ísis. O uso dos nomes secretos tornou-se um
elemento central nas práticas mágicas egípcias do período tardio, e Ísis
é invocada muitas vezes para que use "o verdadeiro nome de Rá" durante
os rituais. Ao final do período histórico do antigo Egito, após a sua
ocupação pelos gregos e pelos romanos, Ísis tornou-se a mais importante e
poderosa divindade do panteão egípcio por causa de suas habilidades
mágicas. A magia é um elemento central em toda a mitologia de Ísis,
possivelmente mais do que para qualquer outra divindade egípcia.
Alguns títulos de Ísis:
No Livro dos Mortos Ísis encontra-se referida com os seguintes títulos:
Aquela que dá origem ao Céu e à Terra
Aquela que conhece o órfão
Aquela que conhece a aranha viúva
Aquela que procura justiça para os pobres
Aquela que procura abrigo para as pessoas fracas
Outros dos muitos títulos de Ísis, são:
Rainha do Céu
Mãe dos Deuses
Aquela que é Todos
Senhora das Culturas Verdejantes,
A mais brilhante no firmamento
Stella Maris
Senhora da Casa da Vida,
Aquela que sabe fazer o uso correto do Coração
Doadora da Luz do Céu
Senhora das Palavras de Poder,
Lua brilhante sobre o Mar
Algumas referências literárias:
"ela é tanto sábia quanto amante da sabedoria; como o seu nome parece
denotar que, mais do que qualquer outro, o saber e o conhecimento
pertencem a ela." –Plutarco
"Eu sou tudo o que foi, é, e será, e meu véu nenhum mortal levantou até agora." (santuário da deusa em Saís)
"Você me vê aqui, Lúcio, em resposta à sua oração. Eu sou a natureza,
Mãe universal, senhora de todos os elementos, filha primordial do tempo,
soberana de todas as coisas espirituais, rainha dos mortos, também
rainha dos imortais, a manifestação única de todos os deuses e deusas
que são, o meu comando governa as alturas brilhantes dos Céus, a salutar
brisa do mar. Embora eu seja adorada em muitos aspectos, conhecidos por
nomes incontáveis alguns me conhecem como Juno, alguns como Belona os
egípcios que se destacam no aprendizado e culto antigo me chamam pelo
meu verdadeiro nome Rainha Ísis." –Apuleio
“Salve, Grande Mãe, não foi descoberto teu nascimento!
Salve, Grande Deusa, dentro do submundo que é duplamente escondido, tu, a desconhecida!
Salve, Grande divina, não foste aberta!
Ó, abre teu traje.
Salve, coberta, nada nos é dado como acesso a ela.
Venha receber a alma de Osíris, protege-adentro de tuas duas mãos.”
(esse hino está registrado data de cerca de 550 a.C.)
"Vê-la dançar é participar da força criadora que vibra no Cosmos; massa
negra e pulsante explícita nos olhos e cabelos de Jhade. (...) Mãos se
elevam em serpente e cortantes transformam em som o poder telúrico de
seu ventre. Que os sons, manifestos em seu corpo, subam de encontro com o
Eterno e sejam ouvidos além do tempo."
–W. Hassan
“Ele é
Hórus. A magia da sua mãe Ísis está nos seus membros. É Rê de nomes
misteriosos, é aquele que se encontrava no oceano de energia das
primeiras idades. Identifica-se com os maiores deuses do panteão,
sentindo a magia no próprio corpo como força viva: circula-lhe nos pés,
nas mãos, na cabeça, no corpo inteiro. É sabido que a força mágica emite
uma luz, e que em certas ocasiões irradia um cheiro característico.”
–Jacq
“O faraó, protegido por Ísis, avança para Osíris. A deusa
ostenta no penteado o signo hieroglífico do trono que define a sua
natureza simbólica. Ela é a deusa-trono de onde nascem os reis. Com a
mão direita emite um fluido que atinge a nuca do faraó, um dos centros
vitais da sua Pessoa. Com a mão esquerda segura o braço direito do
monarca: ato mágico necessário, porque o faraó aperta no punho os dois
cetros que lhe permitem exercer a soberania sobre a terra dos homens. O
rei veste-se segundo a sua função: coroa dupla (juntando em uma só a
coroa branca do Alto Egito e a coroa vermelha do Baixo Egito), a peruca
nemes e o grande saiote cerimonial. Diante de Osíris é deposto um
pequeno altar no qual se encontram flores e um queimador de perfume. O
rei oferece ao deus da ressurreição a essência sutil de todas as coisas.
(As capelas de Tutankhamon)
“A Estela de Metternich evoca igualmente o papel da grande maga, Ísis.
Quando encontra Hórus, seu filho, agonizando, apela aos habitantes dos
pântanos, mas nenhum deles conhece um remédio apropriado. Ninguém pode
pronunciar palavras de cura eficazes. Iria o Criador, Atum, permitir que
a vida se esvaísse? Ísis retira Hórus do ataúde onde repousa e lança um
longo lamento que atinge o céu. A sua ameaça é aterradora: enquanto o
seu filho não for curado, a Luz não brilhará. As potências celestes,
assim forçadas, intervêm a favor do jovem deus: “Desperta, Hórus!”, é
dito a ele. O veneno perde a sua capacidade letal, depois torna-se
inócuo. Hórus cura-se. A ordem do mundo é restabelecida. A barca divina
percorre novamente os espaços celestes.” –T. Rundle Clark
Nos
dois registros inferiores, os modos de se deslocar nos espaços do outro
mundo: de cabeça para baixo ou em pé. No registro superior, Ísis e
Néftis sustentam um ser semicircular que magnetiza um sol. As duas
grandes magas fazem desse modo circular a luz da origem num universo
curvo. Com efeito, os egípcios consideravam a superfície terrestre (e
não a Terra) como um plano horizontal de percepção e o Cosmo como
circular ou curvo.
(Túmulo de Ramsés IX)
“Para a vítima de
uma queimadura ou de um incêndio, o mago refere-se obrigatoriamente a
Hórus. O deus estava tão gravemente atingido que só Ísis, a maga, era
capaz de inventar um remédio para evitar o pior. Perto dela não havia
água, e a deusa foi então obrigada a usar um líquido saído do seu
próprio corpo: “Há água na minha boca”, disse ela, “e um Nilo entre as
minhas pernas; venho para extinguir o fogo”. –Jacq
“Os humores
malignos que perturbam o corpo humano obedecem a Ísis. Os “vasos”, pelas
suas palavras, expurgam o que neles há de mau.” –Socles
““Libertado foi, libertado foi por Ísis. Libertado foi Hórus por Ísis de
todo o mal que lhe tinha sido feito pelo irmão Seth, quando este lhe
matou o pai, Osíris. Ó Ísis, grande maga, livra-me, liberta-me de toda
coisa má, malfazeja, vermelha, da doença de um deus e da doença de uma
deusa, da morte masculina e da morte feminina, do inimigo e da inimiga
que poderiam vir contra mim.” –Papiro de Ebers
“O mal de ventre é
provocado por um ser maligno. É preciso consultar Ísis e Néftis. Ísis
pergunta se se trata da ação de vermes. Se for o caso, gravam-se
dezenove sinais com a ponta de um arpão. As palavras mágicas são para
dizer em cima de um desenho inscrito no ventre do doente.” –AEMT
“Um papiro grego da Biblioteca Nacional de Paris, que registra textos
destinados a inspirar o amor de uma mulher, lembra a lenda de Ísis que,
no coração do verão, se dirige para as montanhas, errante, dolorosa.
Thot fica preocupado ao vê-la naquele estado. Por que o rosto de Ísis
está coberto de poeira?, por que seus olhos estão cheios de lágrimas? A
razão é simples e trágica: encontrou a irmã Néftis dormindo com Osíris,
seu marido! Acontece então uma conjura terrível que assustará a rival e
enfeitiçará as diversas partes do seu corpo.” –Lexa
“Vem a mim,
Ísis, a Grande, digna-te garantir a minha proteção, salva-me dos répteis
e que as goelas deles sejam seladas, que os focinhos deles sejam
obstruídos”. A deusa concedia aos seus fiéis “sopro de vida, saúde,
longa duração da vida e uma velhice perfeita”. –BIFAO
Fontes:
Christian Jacq
Les plus belles legendes de La mythologie.
Luiz Araujo
T. Rundle Clark
Templo de Apolo
Wikipédia.
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