Baphomet,
Bafomete ou ainda Bafomé (/ˈbæfɵmɛt/; do latim medieval Baphometh,
baffometi, ocitano Bafomé) é um termo originalmente usado para descrever
uma divindade supostamente adorada pelos Templários e, posteriormente,
incorporado a tradições místicas ocultas desiguais. Ele apareceu a
"Maomé", mas depois apareceu como um termo para um ídolo pagão em transcrições do julgamento da inquisição dos Cavaleiros Templários no início do século XIV.
Não existe consenso quanto à etimologia da palavra "Baphomet". Segundo o
arqueólogo austríaco Joseph von Hammer-Purgstall, um não simpatizante
do ideal templário e que em 1816 escrevera um tratado intitulado
Mysterium Baphometis Revelatum, sobre os alegados mistérios dos
Cavaleiros e do Baphomet, a expressão proviria da união de dois
vocábulos gregos, "Baphe" e "Metis", significando "Batismo de
Sabedoria". A partir desta conjectura, Von Hammer especula a respeito da
possibilidade da existência de rituais de iniciação, onde haveria a
admissão aos mistérios e aos segredos cultuados pela Ordem do Templo.
A origem da palavra Baphomet ficou perdida, e muitas especulações podem
ser feitas, desde uma composição do nome de três deuses: Baph, que
seria ligado ao deus Baal; Pho, que derivaria do deus Moloch; e Met,
advindo de um deus dos egípcios, Set. Outra teoria nos leva a uma
corruptela de Muhammad (Maomé - o nome do profeta do Islã), até
Baph+Metis do grego "Batismo de Sabedoria".
A palavra
"Baphomet" em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a
cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus),
obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega
para "sabedoria".
Todavia ainda existem fontes que afirmam uma
outra origem do termo. Segundo alguns, o nome veio da expressão grega
Baph-Metra( mãe-Metra ou Meter-submersa; Baph-em sangue. Ou seja, a Mãe
de sangue, ou a Mãe sinistra). Grande parte dos historiadores que
afirmam essa versão se baseiam no fato que o culto à cabeça está
relacionada com conjurações de entidades femininas.
Teorizou-se
simbolicamente que o Baphomet é fálico, já que em uma de suas míticas
representações há a presença literal do falo devidamente inserido em um
vaso (símbolo claro da vulva).
Há também quem tenha inclusive
afirmado que a figura do Baphomet estava relacionada com as virgens que
apresentavam anomalias em seus bustos. E que as virgens de 3 mamilos e
as virgens de apenas 1 seio eram tatuadas com a cabeça do Baphomet para
que nenhum homem pudesse tocá-las. Diziam que as mulheres com tais
anomalias genéticas eram amaldiçoadas.
Eliphas Levi lista as
mais frequentes representações do Baphomet: Na classificação e
explicação das gravuras de seu livro Dogma e Ritual da Alta Magia,
Eliphas Levi classifica a imagem de Baphomet como a figura panteística e
mágica do absoluto.
"O bode que é representado no nosso
frontispício, traz na fronte o signo do pentagrama, com a ponta para
cima, o que é suficiente para fazer dele um símbolo de luz; faz com as
mãos o sinal do ocultismo, e mostra em cima a lua branca de Chesed e
embaixo a lua preta de Geburah. Este sinal exprime o perfeito acordo da
misericórdia com a justiça. Um dos seus braços é feminino, o outro é
masculino, como no andrógino Khunrath, cujos atributos tivemos de reunir
aos do nosso bode, pois que é um único e mesmo símbolo. O facho da
inteligência que brilha entre seus chifres é a luz mágica do equilíbrio
universal; é também a figura da alma elevada acima da matéria, como a
chama está presa ao facho. A cabeça horrenda do animal exprime o horror
do pecado de que só o agente material, único responsável, deve para
sempre sofrer a pena: porque a alma é impassível por sua própria
natureza, e só chega a sofrer, materializando-se. O caduceu, que está em
lugar do órgão gerador, representa a vida eterna; o ventre coberto de
escamas é a água; o círculo que está em cima é a atmosfera; as penas que
vem depois são o emblema do volátil; depois, a humanidade é
representada pelos dois seios e os braços andróginos desta esfinge das
ciências ocultas.
Eis dissipadas as trevas do santuário
infernal, eis a esfinge dos terrores da Idade Média adivinhada e
precipitada do seu trono; 'quomodo cecidisti, Lúcifer'? O terrível
Baphomet não é mais, como todos os ídolos monstruosos, enigmas da
ciência antiga e dos seus sonhos, senão um hieróglifo inocente e até
piedoso."
O facho representa a inteligência equilibrante do ternário.
A cabeça de bode, reunindo caracteres de cão, touro e burro, representa
a responsabilidade apenas da matéria e a expiação corporal dos pecados.
As mãos humanas mostram a santidade do trabalho e fazem o sinal da
iniciação esotérica a indicar o antigo aforismo de Hermes Trismegisto
(em uma posição muito semelhante a representações de Shiva na Índia): "o
que está em cima é igual ao que está embaixo". O sinal com as mãos
também vem a recomendar aos iniciados nas artes ocultas os mistérios.
Pode também ser interpretado em seu aspecto metafísico, onde pode
representar o espírito divino que "ligou o Céu e a Terra", tema
recorrente na literatura esotérica.
Os crescentes lunares presentes na figura indicam as relações entre o bem e o mal, da misericórdia e da justiça.
Possuindo seios, o bode representa o papel de trazer à Humanidade os
sinais da maternidade e do trabalho, os quais são signos redentores.
O pênis é metaforicamente representado por um Caduceu. No budismo
tântrico este é o símbolo de ascensão da energia da deusa Kundalini. Em
forma de serpente ela está enrolada e oculta na base da coluna de todo
ser humano. Ao atingir a plenitude desta força, o ser alcança o êxtase
da iluminação (o nirvana). Este tipo de simbologia aparece com
freqüência na alquimia (o coito do rei e da rainha), com a qual o
ocultismo tem relação.
Na frente e embaixo do facho encontra-se o signo do microcosmo a representar simbolicamente a inteligência humana.
Colocado abaixo do facho o símbolo faz da chama dele uma imagem da
revelação divina. Baphomet deve estar assentado ou em um cubo e tendo
como estrado uma bola apenas ou uma bola e um escabelo triangular.
Fontes: Wikipédia
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