quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Ares, Senhor da Guerra


Ares (em grego: Ἄρης; transl.: Árēs), na mitologia grega, é filho do famoso Zeus (o soberano dos deuses) e Hera. Ares foi muito cultuado em Esparta, uma das mais importantes Cidades-Estados da Grécia antiga. Embora muitas vezes tratado como o deus olímpico da guerra, ele é mais exatamente o deus da guerra selvagem, ou sede de sangue, ou ainda, a matança personificada.

Embora importante na poesia, Ares era raramente incluído no culto na Grécia antiga, salvo em Esparta, onde ele era propiciado antes da batalha, e, embora implicado no mito de fundação de Tebas, ele apareceu em poucos mitos.



Em Esparta havia uma estátua do deus acorrentado, para mostrar que o espírito de guerra e vitória nunca deveria deixar a cidade. O templo a Ares na Ágora de Atenas que Pausânias viu no século d.C. só tinha sido movido e rededicado lá durante o tempo de Augusto; na essência ele era um templo romano a Marte. O Areópago, "o monte de Ares" onde São Paulo pronunciou sermões, é situado em alguma distância da Acrópole; em tempos arcaicos era um terreno para disputas. A sua conexão com Ares, possivelmente baseado em uma etimologia falsa, pode ser puramente etiológica.

Hino Órfico a Ares, com fumigação de olíbano:

Magnânimo, despreocupado, tempestuoso Ares,
Que se rejubila em afiadas flechas e guerras sangrentas,
Feroz e indomável, cujo poder vigoroso pode estremecer os mais fortes muros e suas fundações.
Rei que destrói mortais com sangue e espadas e lanças e os terríveis gritos de batalha,
És o pavoroso aniquilamento da luta selvagem.
Retenha tuas furiosas disputas e vingativas contendas,
Que fazem a vida humana ser amarga e preenchida de tristeza.
Grite agora para a Linda Afrodite e para Dionísio,
Dê à Deméter as armas do campo de batalha.
Encoraje a paz e os trabalhos gentis, e conceda-nos auxílio e abundância.

Hino Homérico VIII

Ares, de força extraordinária, condutor da biga, de elmo dourado, valente de coração, portador do escudo, salvador das cidades, de brônzea armadura, braço forte infatigável, poderoso com a lança. Ó defensor do Olimpo, pai da Vitória bélica, aliado de Têmis, severo governante dos rebeldes, líder dos homens justos, Rei com o cetro da virilidade, que gira sua feroz esfera entre os planetas em seus sétuplos cursos através do éter, no qual seu corcel flamejante sempre te leva acima do firmamento do céu; ouça-me, auxiliar dos homens, doador da destemida juventude! Verta um gentil raio de cima sobre a minha vida, e a força de guerra, que eu possa ser capaz de afugentar a amarga covardia de minha cabeça e de esmagar o doloso engano em minha alma. Retenha também a afiada fúria de meu coração, a qual me provoca a trilhar os caminhos da disputa de pavoroso sangue. Antes, ó abençoado, dê-me coragem para perseverar dentro das inofensivas leis da paz, evitando a contenda e o ódio e o violento espírito maligno da morte.

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